Nos tempos de pandemia, ficamos tão envolvidos com o Instagram que o mundo se transformou em imagens...
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Fonte: Desconhecido
A quarentena tem mostrado o que defendi em meu TCC, que o mundo real se torna um objeto de fascínio quando é reduzido a uma imagem. Este fascínio nos leva a refletir sobre a evolução das formas de transmissão de informação. Segundo Donkis e Bauman (2014, p. 115), a sociedade contemporânea é fixada no sensacionalismo e na auto-exposição, com a valorização da imagem cada vez maior. Isso leva a uma "sociedade do espetáculo", na qual a vida é exibida como um objeto de espetáculo. O indivíduo precisa aparecer para existir, sendo visto pelos outros e tendo destaque. A sociedade se mostra como uma sociedade escópica, expondo seus indivíduos e colocando o "eu" do contemplador em destaque. A paranoia da sociedade escópica é retratada por Quinet (2002, p. 122), parafraseando Descartes, como "Sou visto, logo existo". O comando escópico "mostre" e "veja" fazem com que o sujeito do desejo de ser visto seja excluído.
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